terça-feira, 7 de junho de 2011

Ms Project - A Mão Amiga dos Engenheiros

O MS Project é uma ferramenta para se fazer um Diagrama de Rede, onde você pode programar quanto tempo realizará um determinado projeto (que pode ser uma obra civil, por exemplo) qual será seu custo e poderá controlá-lo. Pode-se fazer também um cronograma, onde você determina em que ocasião irá realizar cada tarefa. 
 Uma ferramenta muito no ramo da engenharia.
 O software é especialmente útil quando se trabalha com prazos muito apertados, em que a diferença de alguns dias ou até mesmo horas podem prejudicar totalmente os resultados obtidos. Além de atribuir limites de tempo para o início e o fim de um projeto, pode-se atribuir a lista de recursos e pessoal disponível, tudo isso de forma descomplicada.

Para facilitar o gerenciamento de dados, o programa dispõe de diversos modos de visualização, incluindo o diagrama de Gantt, tarefas no formato de calendário e gráficos que indicam a evolução das diferentes tarefas. Além disso, ele conta com um prático sistema de estatística que permite pensar em formas de melhorar a gerência de tarefas, repensar prazos ou até mesmo dispensar funcionários incapazes de cumprir os limites de tempo estabelecidos.

Por Tiago Martins

O Google Book e os futuros engenheiros!

Ontem percebi navegando na internet, algo disponível no google que gostei muito: o Google Book . Uma nova ferramenta para ajudar nos estudos de futuros engenheiros e arquitetos, ou estudantes em geral.
Separei alguns links de livros e outros que achei muito legais na área de Engenharia e Arquitetura. 


São eles:

 









Ao pesquisar nos links, serão encontrados muito mais tópicos!


Boas pesquisa!


Por Tiago Martins

Um pouco sobre o AutoCAD ...

Ouvi falar que um engenheiro não é engenheiro sem um computador do lado. E digo que engenheiro que não sabe "futucar" o AutoCAD deve voltar pra faculdade. :)

Breve resumo do que é essa peça fundamental para um grande aprendizado técnico:

AutoCAD é um software do tipo CAD — computer aided design ou desenho auxiliado por computador - criado e comercializado pela Autodesk, Inc. desde 1982. É utilizado principalmente para a elaboração de peças de desenho técnico em duas dimensões (2D) e para criação de modelos tridimensionais (3D).



Além dos desenhos técnicos, o software vem disponibilizando, em suas versões mais recentes, vários recursos para visualização em diversos formatos. É amplamente utilizado em arquitetura, design de interiores, engenharia mecânica, engenharia geográfica , engenharia elétrica e em vários outros ramos da indústria. O AutoCAD é atualmente disponibilizado em versões para o sistema operacional Microsoft Windows e Mac OS, embora já tenham sido comercializadas versões para UNIX.

A partir da versão R14 (publicada em 1997) potencializa a expansão de sua funcionalidade por meio da adição de módulos específicos para desenho arquitetônico, SIG, controle de materiais, etc. Outra característica marcante do AutoCAD é o uso de uma linguagem consolidada de scripts, conhecida como AutoLISP (derivado da linguagem LISP) ou uma variação do Visual Basic.

O próprio, permite adicionar novas funcionalidades através de várias linguagens, das quais destacam-se:

- AutoLISP - Uma adaptação do LISP para AutoCad.
- Visual LISP - Nova versão do AutoLISP para as últimas versões do AutoCAD, com mais funções e uma IDE integrada.
- VBA - Programação com Visual Basic.
- NET - Acesso à diversas funcionalidades através de bibliotecas. Permite qualquer linguagem compatível.
- ObjectARX - Permite criar novos comandos e entidades gráficas com C++.

Um link bacana para quem se interessar em aprender: www.cadblocos.arq.br/tutoriais.html

É só!

Por Lucas Oliveira

quinta-feira, 2 de junho de 2011

De olho na engenharia!!!

A construção civil brasileira conta com nível tecnológico similar ao dos países mais desenvolvidos. Por isso, nada mais natural que diversos profissionais brasileiros do setor se espalhassem pelo mundo em busca de experiência, novos ares e, claro, dinheiro. Assim, há inúmeras histórias de engenheiros brasileiros que estiveram ou estão no exterior.

As oportunidades sempre foram maiores na área de infra-estrutura. O motivo é simples: o desenvolvimento tecnológico em edificações é mais recente e mais sensível apenas na última década. Enquanto isso, o incremento da infra-estrutura nacional, entre as décadas de 1950 e 1980, possibilitou que as empresas desse mercado ganhassem porte de multinacionais. O know-how e o capital acumulados incentivaram essas construtoras a buscarem obras fora do Brasil.

A lista de países que receberam engenheiros brasileiros não é pequena: Estados Unidos, Alemanha, Colômbia, México, Iraque, Bolívia, Chile, Portugal, Angola, África do Sul e muitos outros. Apesar de toda essa representatividade, no Brasil faltam registros no Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e no Ministério do Trabalho sobre a quantidade e a condição de trabalho dos engenheiros brasileiros que vivem no exterior. A razão é que nem todos notificam esses órgãos de suas saídas, dificultando um recenseamento dos profissionais de construção em atividade fora do país.

Sabe-se, porém, que é a experiência em trabalhos anteriores que credencia grande parte dos profissionais brasileiros a procurar uma oportunidade lá fora. O consultor Luércio Scandiuzzi é um exemplo. Após seis anos de trabalhos na Usina de Itaipu, ele se mudou em 1993 para o México, para trabalhar na construção da barragem de Huites, no noroeste do país. As obras, que ficaram a cargo de um consórcio entre duas construtoras mexicanas e a brasileira CBPO, levaram dois anos para serem concluídas e foram marcadas por algumas inovações tecnológicas como o uso de concreto pré e pós-refrigerado e o emprego de um sistema de correia transportadora.

Durante esse período, Scandiuzzi morou em um trailer com mais três pessoas. "As instalações eram boas, o problema é que estávamos em uma região mais árida que o Nordeste brasileiro", conta. A família ficou no Brasil, por isso, a cada um mês e meio o engenheiro voltava para passar dez dias.

Apesar de ter ido contra a sua vontade, o balanço final foi positivo. "Eu estava bem no Brasil e só fui para o México porque pensei que fosse conseguir voltar em seis meses", conta. "Mas era uma obra de engenharia complexa, grandiosa, e eu acabei ficando mais tempo", recorda. O sistema é composto por uma barragem com 4,568 milhões de m3 de capacidade de armazenamento e uma central hidrelétrica com capacidade de 400 MW. "O Brasil é um dos melhores países na construção de barragens e quem trabalhou em Itaipu faz barragem em qualquer lugar do mundo", orgulha-se.

Adaptação
O brasileiro Antônio Diniz do Amaral Chaves também tem histórias de terras astecas para contar. Formado em engenharia e administração de empresas, há dois anos e meio ele foi contratado pela construtora Walter Torre para gerenciar o escritório da empresa na Cidade do México.

Na época, ele já contava com experiência no gerenciamento da filial paulista de uma grande construtora carioca. "Certamente o conhecimento prático e teórico de administração contribuíram para a minha seleção", acredita. Ele já pensava em trocar São Paulo por outra capital mais tranqüila quando recebeu a proposta para montar a filial da construtora no México para a construção de dois centros de distribuição da Nestlé. Só não esperava ir parar tão longe.


A partir de então, foi uma sucessão de desafios. Segundo Diniz, quando se chega em outro país coisas básicas se tornam difíceis e nada é feito de forma automática. Visitar um cliente, por exemplo, é um custo, porque não se tem idéia das dimensões e localizações na cidade. "Depois de um determinado momento, essas pequenas coisas começam a irritar porque é uma barreira atrás da outra. Nessas horas, se falta preparo psicológico, a pessoa acaba desistindo e voltando para o Brasil", revela.

No México, um dos obstáculos à adaptação comumente apontados pelos brasileiros é a comida muito apimentada. Além disso, como o Brasil, os problemas com a organização burocrática são freqüentes. Por isso, os escritórios da Walter Torre contam com gestores - espécie de despachantes - que conhecem os meandros da burocracia local. De acordo com Diniz, a acomodação em terras mexicanas é fácil, pois o povo é muito caloroso, sobretudo com os hermanos latinos. Com os brasileiros, a identificação é ainda maior, por causa da paixão pelo futebol.

Problemas com sindicatos
Diniz passou os cinco primeiros meses sozinho para preparar a infra-estrutura da construtora no México. Porém, o que à primeira vista representava dificuldades e solidão, com o tempo se mostrou conveniente. "No momento em que os outros engenheiros começaram a chegar com suas famílias, percebi que é muito mais fácil se adaptar a um lugar estranho quando se está sozinho, pois a tendência de grande parte das pessoas é, em momentos difíceis, se isolar onde se sente seguro, no caso, em seus núcleos familiares", diz. "Quando se está sozinho, e tudo depende de você, não tem jeito. É preciso agir e se integrar rapidamente." Foi o que aconteceu com o engenheiro divorciado, que não levou nenhum familiar. O ritmo frenético de trabalho quase não permitia que sobrasse tempo para sentir saudades da terra natal. "No segundo ano, durante a construção dos dois centros de distribuição, não tive nenhum fim de semana livre e voltei ao Brasil apenas uma vez."

País com uma história política bastante tumultuada, o México tem suas particularidades que influenciam diretamente a construção civil. O governo consegue oferecer emprego para boa parte da população, mas a maioria recebe salários baixos. Uma das maneiras utilizadas para garantir emprego a todos é não aceitar a automatização. "Muita coisa é feita manualmente e os sindicatos são muito fortes, o que não significa, necessariamente, que sejam bons para os trabalhadores", comenta Diniz.

Com 100% da mão-de-obra terceirizada, durante a construção de um dos centros de distribuição, na cidade de Toluca, a Walter Torre enfrentou uma batalha dura com um dos sindicatos de trabalhadores da construção do México. "O empreiteiro recebia os nossos pagamentos, porém não repassava o dinheiro aos caminhoneiros. O resultado foi que, inesperadamente, o canteiro amanheceu cercado de trabalhadores armados. Além disso, foi publicado em um jornal de grande circulação da região que a Nestlé, cliente da construtora, não pagava seus funcionários", lembra. "Foi preciso correr para publicar outra notícia desmentindo o caso. A partir de então, fizemos um acordo com o sindicato e combinamos efetuar o pagamento diretamente para ele", acrescenta. Contudo, apesar da força, os sindicatos mexicanos apresentam muitas deficiências. No país, o uso de EPIs, por exemplo, não é obrigatório, bem como a presença de refeitórios nos canteiros. A oferta desses recursos depende muito mais da boa vontade das construtoras do que de uma legislação que proteja o trabalhador.


Outro obstáculo foi a falta da cultura da hora extra. Para as empresas, os custos com esse tipo de recurso não são compensadores - o custo da hora adicional é de 100% durante a semana e de 300% nos finais de semana - e, por isso, os trabalhadores se acostumaram a não trabalhar fora do horário normal. "O problema é que precisávamos fazer a obra funcionar full-time e os trabalhadores não queriam, mesmo ganhando mais. Preferiam ficar em casa, com a família, assistindo futebol e bebendo cerveja", comenta Antônio Diniz. A solução foi realizar sorteios no final do turno noturno, por exemplo, para motivar os funcionários a trabalhar. Segundo Diniz, os mexicanos são mais pacatos e, como eles mesmos se definem, têm "bolso pequeno", forma eufemística de dizer que contam com pouca ambição financeira. "Além disso, são grandes artesãos e, por isso, têm dificuldades em aliar simultaneamente qualidade e velocidade ao trabalho."